Roadside blur, a photo by Stephen*Iliffe on Flickr. |
Em
um ritmo inquieto e ligeiro
Os
dias passavam rapidamente
Como
passam as paisagens em uma estrada
Quando
o carro se move depressa
Ah,
a brevidade dos instantes!
A
vida era uma goteira que ninguém estancou
Gotejando
seus pingos, um após o outro
Em movimento contínuo e incessante
A
vida não dava trégua a delongas
Enquanto
a maldita preguiça
Tal
qual corrente que arrasta seus elos morosos
Agarrava-se
ao homem, grudenta e pesada
Ele, vencido, apenas se sentava à janela
E
observava as belas e efêmeras paisagens
Mas nenhuma era capaz de despertar ânimo
Tudo era fim, tudo sempre passageiro
E foi assim
que viveu, passageiro errante
Jamais visitante ou admirador
De
coisa nenhuma, de gente alguma
Apenas arrastou por aí o peso de existir
(Isabela Xavier)
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