Sempre pensei em tantos lugares diferentes
Todos imaginados
Nunca os criei
Foram eles que me visitaram
Há muito tempo me convidaram
E vez ou outra me convidam
Vêm e somem espontaneamente
Sem que eu possa controlar
Gostaria de poder descrevê-los em ricos detalhes
Para transportar para lá quem os lesse
E para que eu os tivesse catalogados e bem definidos
Mas não consigo
Tão repentinamente eles chegam, vão embora
Sem que eu tenha controle sobre a duração do momento
Assim, sou obrigada a conviver com as imagens
E até sensações que tais lugares me transferem
Apenas em minha própria mente
São sempre mundos solitários
Neles não vejo ninguém além de mim
E também não me permitem apreender suas minúcias
Que é para me impossibilitar de descrever
Que é para me manter reclusa em sua solitária construção.
(Isabela Xavier)
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